Café especial é fonte de nutrientes e faz bem à saúde

Sim, o café faz mal ao es­­­tômago. Inclusive o des­­cafeinado. Segundo a nutricionista Mariana Costa, mestre em ciência e tecnolo­gia dos alimentos, a ação esti­mulante do produto causa se­­creção ácida no estômago, por isso é contraindicado para quem sofre com úlcera ou gas­­­­trite. A segunda bebida mais popular do mundo, contudo, tem mais prós do que contras quando é de boa qualidade: combate depressão e até câncer.

“O café tem potássio, magnésio, cálcio, vitaminas do complexo B e compostos bioativos que conferem atividades antioxidantes protetoras para as nossas células. Também possui cafeína, que estimula o sistema nervoso central e melhora a capacidade de aprendizado e resistência ao es­forço físico”, detalha a profis­sional. Mas, ela alerta, “a composição do café depende­rá da espécie e do cultivar, e também de outros fatores co­mo práticas agrícolas, grau de maturação do fruto, proces­samento primário e condi­ções de estocagem. Na etapa de torrefação, ocorrem consi­deráveis mudanças químicas responsáveis pelo aroma e sabor final da bebida. Também é importante considerar que a técnica inadequada de preparo pode favorecer compostos indesejáveis”.

Ou seja, os cafés especiais, cujo cultivo e seleção são criteriosos, têm mais chances de conter bons nutrientes do que os comuns, encontrados facilmente em supermercados. Gabriela Teixeira, nutricionista e mestre em ciência dos alimentos, explica. “Cafés gourmet são aqueles com atributos de aroma e sabor excepcionais. Diferem do café comum por utilizarem grãos especiais na sua extração e pe­las características organolép­ticas (aroma e sa­bor, por exemplo) superio­res. Para a sua produção são usados apenas grãos isentos de defeitos ou qualquer tipo de impureza às vezes presentes nos de­mais, como cascas, grãos fermentados, fragmentos de outros grãos, como a cevada”. Ela aconselha: “para apreciar o sabor deve-se evitar adição de açúcar porque irá mascarar as características sensoriais da bebida”.

A recomendação é a de, no máximo, quatro xícaras de ca­­fé ao dia. Gestantes devem evitar. Já o consumo de café por crianças menores de 2 anos não é recomendado. A partir dos 6, pode ser ingerido com moderação. De a­cordo com as profissionais, estudos apontam que o café  afasta depressão fe­minina, pode reduzir câncer de próstata, de útero e mama. O consumo regular também po­de suavizar o desenvolvimento do Mal de Parkinson, melhora crises de asma e previne diabetes tipo 2.

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Foto: Bruno Campos / Arquivo Folha
>Da Folha de PE
>Via Dep. de Jorn. da Orobó FM, (Eraldo Albuquerque -Orobó; Sexta, 27 de Maio de 2016 -17h03m)