E pensar que se chegou a cogitar uma goleada brasileira, com números a perder de vista, ontem, na Arena Pernambuco. Óbvio que essa sensação foi sentida durante a partida. Antes desse encontro válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, ninguém duvidava do Uruguai. O que se mostrava fácil, no entanto, dissipou-se sem que quase ninguém percebesse. O 2×0, construído em 25 minutos, com gols de Douglas Costa e Renato Augusto, virou 2×2, após Cavani e Suarez balançarem as redes.
De fato, a sensação deixada na atmosfera da Arena Pernambuco dava conta que haveria uma inesperada facilidade. Como duvidar dela, se aos 40 segundos de jogo, um cruzamento de William iria encontrar, no meio de caminho, Douglas Costa, e o placar, consequentemente, acabasse aberto?
Do 1×0 até a segunda chance clara de gol, com linda jogada de Neymar, na pequena área de Muslera, era possível ver uma equipe rápida, habilidosa e aguda. E esses mesmos adjetivos se repetiam, a cada minuto posterior, até o segundo gol brasileiro, com Renato Augusto. Um tento que contou com nova jogada mágica de Neymar, e finalização requintada do meia brasileiro. Tudo isso com apenas 25 minutos jogados.
A tal facilidade citada, que até então tomara conta da Arena Pernambuco, se dissipou de forma indolor. Enquanto 45.010 vozes faziam uma festa ‘arretada’ nas arquibancadas, os Uruguaios apostaram na sua força. Atributo que em seus homens de ataque ganham pitadas de poder de fogo, e quando menos se esperava o 2×0 já havia virado 2×2.
Como em um piscar de olhos, ainda em êxtase pelo bom futebol que passava diante das vistas, aos 31 minutos, Calos Sanchez apareceu sozinho na grande área, cabeceou para o meio e encontrou Cavani. Finalização forte, sem chances para o goleiro Alisson. Foi-se o primeiro tempo, o invervalo de jogo, e nem bem havia se iniciado a segunda etapa: outro gol do Uruguai.
E Suárez… O tão falado Suárez… que há 21 meses não vestia a camisa da seleção uruguaia, devido a suspensão ainda durante a Copa de 2014, até que andava meio sumido na partida. A marcação brasileira, é verdade, apertava o cerco ao jogador. Mas ele precisou de apenas uma chance, aos dois minutos do segundo tempo, com finalização forte, sem chances para o goleiro Alisson, para decretar o empate.
Já não existia mais a tal facilidade. Ela que nem era esperada, antes do jogo, deixou saudade durante todo o segundo tempo. Com ela, pelo menos, era possível ver jogadas plásticas de uma equipe rápida, habilidosa e aguda. Sem ela, no entanto, o time de Dunga passou a errar passes, diminuir o ímpeto e gerar desconfiança. E olhe que ainda foi possível escutar um ‘uhh’ com o chute de Suárez, nos minutos finais do jogo. Não perder já era motivo para comemoração. Uma pena!
FICHA DE JOGO:
-BRASIL
Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Fillipe Luís; Luiz Gustavo, Fernadinho (Phillippe Coutinho), Renato Augusto, Willian (Lucas Lima) e Douglas Costa (Ricardo Oliveira); Neymar. Técnico: Dunga.
-URUGUAI
Muslera; Fucile, Coates, Victorino e Álvaro Pereira; Arévalo Rios, Carlos Sánchez (Stuani), Vecino e Cristian Rodríguez (Álvaro González); Luis Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.
-GOLS
Douglas Costa (BRA) (aos 40 segundos do 1ºT), Renato Augusto (BRA) (aos 25 do 1ºT), Cavani (URU) (aos 31 do 1ºT) e Suárez (URU) (aos dois do 2ºT).
-CARTÕES AMARELOS
Neymar, David Luiz e Daniel Alves (BRA); Suárez (URU).
-PÚBLICO
45.010.
-RENDA
R$ 4.961.890,00
-ÁRBITRO
Néstor Fabián Pitana (Argentina).
-ASSISTENTES
Juan Pablo Belatti (Argentina) e Ezequiel Darío Brailovsky (Argentina).
-LOCAL
Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata/PE.
MELHORES MOMENTOS:
https://youtu.be/xtVrA9hKUrU
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>Da Folha de PE e Show de Bola da Orobó FM
>Via Dep. de Jorn. da Orobó FM, (Eraldo Albuquerque -Orobó; Sábado, 26 de Março de 2016 -00h02m)
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